Cultura é muito mais que uma coleção de livros. Esse é apenas o lado de quem a vê de fora. Para quem a possui, cultura é o sentido dessas leituras, a face familiar que um livro, após lido, adquire, a conversa duradoura ou passageira que se estabeleceu com ele, as novas dimensões que nos desperta e o alargamento da visão de mundo.
Não são todos os livros que nos falam assim ao coração. Apenas alguns em particular.
Descobrir quais é a tarefa da seleção que se impõe diante do risco da massificação.
Descobrir a vida que anima uma estante carregada de livros, sob a face indiferenciada das lombadas, é o signo que distingue o homem de cultura do mero compilador de títulos. Igual à natureza do sentimento que distingue um Romeu de um Casanova.
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