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julioperezcesar

Alma

Às vezes

a nostalgia...


A alma

como se recordasse

outro espaço

outro tempo

outro estado.


A alma

quando ainda nem nascemos

e vagava

vagava no vento

vagava nos coqueirais

vagava no tempo

tempos ancestrais

e a alma que hoje temos

não fosse mais

que uma pálida cópia de outros dias

quando nos bate a nostalgia

esse banzo do Jamais.


Somos o infinito

de vez em quando revelado

nesses rasgos da alma

nessas agonias

quando o espírito espreita

do lado de lá

e já não lhe basta mais o dia

a monotonia do seu estado atual.


Quer navegar!

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