A arte não tem mesmo fronteiras, nem é algo que se faça para o reconhecimento público. O verdadeiro artista faz primeiramente para si, depois para os demais.
A matéria anexa trata de um artista nato. A par de ser meu pai, o que pode tornar a coisa suspeita - garanto, porém, que não há nenhum exagero no que estou falando -, o seu Achiles sempre teve alma de artista. Seja como cantor amador, seja como escultor de sucatas, algo nele sempre clamou por uma forma de expressão que manifestasse o Belo
que lhe vai no coração.
Do alto dos seus 74 anos, 6 filhos criados e uma longa carreira de serviços prestados à comunidade de Gaurama - RS como mecânico da Prefeitura Municipal, o seu Achiles encontra hoje prazer nas suas criações de lata e peças usadas de carro com que embeleza seu jardim, disponiblizando-as gratuitamente à apreciação popular.
Seu pagamento?
Um elogio, a matéria com que se alimenta o verdadeiro artista.

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