Mão
- julioperezcesar
- 21 de mar. de 2021
- 1 min de leitura
Mão que em tudo tocas
fazes tudo que te pedimos.
Já da tua limpeza
não posso dizer tanto
por mais que te lave.
Pois é sempre a mesma mão
que bolina e acaricia
prepara a comida e se limpa.
Mão
sempre a mesma a executar:
sentença de morte e
do ventre a libertar
a vida que nasce.
Às vezes tão vilipendiada
outras vezes
nossa escala de redenção.
Mão que afaga
mão que espanca
mão que tira e que dá.
Mão que eleva e diminui.
Escrava cega de nossas paixões.
Que tens a ver conosco?
Conservas
não obstante
a dignidade da serva
calada e terna
ainda quando te enfiemos
na merda.
Não tens do que te envergonhar!
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